O designer de moda David Delfín deu um toque brincalhão e provocador a este moderno hotel-bodega a sul de Logroño...Na Finca de los Arandinos há que escolher entre dormir por cima dos barris, com o subtil minimalismo e a pureza das linhas de Javier Arizcuren (com Mies van der Rohe como artista convidado), ou a alguma distância da adega. Aqui, envolto num divertido papel pintado e estampado com flores, a companhia é do virtuosismo brincalhão e provocador de David Delfín, que não se esqueceu de prestar homenagem a Le Corbusier: dois conceitos estéticos diferentes que, no entanto, permitem desfrutar de forma inusitada do mundo do vinho.Entre os inúmeros wine hotels que surgiram nestes últimos 10 anos, raras vezes se vê um projecto onde se tenha desenvolvido uma ideia pessoal que integre num edifício todas as possibilidades que permitem uma experiência enológica: desde o seu processo de elaboração ao lugar onde repousa em barris, passando pela sala de degustação ou pelo restaurante.O hotel está integrado numa paisagem onde a vinha é omnipresente. Esse foi o repto de Roberto Guillen e da sua família que, após décadas de relacionamento íntimo com o mundo do vinho, lançaram-se na produção de um vinho de excelência - ajudados pela enóloga Eva Valgañón.Nos quartos predomina um blanco impoluto e a máxima simplicidade... e é preciso ir abrindo armários para se descubrir o duche, o lavatório, uma mesa de trabalho ou uma cadeira. Os móveis são, na sua maioria, reciclados, de estilos ecléticos com predominância dos anos 50, se bem que se encontre uma ou outra peça actual do holandês Piet Hein Eek ou de Carl Hansen. Os detalhes foram, ali, muito trabalhados: desde o tecto em cimento trabalhado como se fosse pele de elefante, à divertida sinalização, passando pelos candeeiros - alguns de Jieldé -, aos quadros e fotografías de Gorka Postigo.Ctra. LR-137, km 4,6. Entrena (La Rioja).
