é a história mais banal do sector imobiliário: um red-light district, acessível portanto aos artistas criativos que compõem a vanguarda da renovação urbana, torna-se inevitavelmente o bairro up-and-coming onde o resto da cidade quer conhecer e divertir-se. E assim é com Pigalle. E, eventual e inevitavelmente, estas reformas trazem sempre um hotel. Neste caso o Le Pigalle, um típico hotel de quartier membro dos Design Hotels.O proprietário não é novato; e, embora a sua experiência venha de alguns resorts alpinos, aqui parece mais em casa, neste recorte de bairros urbanos. A decoração, eclética, tem um charme casual, fruto do trabalho de um par de arquitectos talentosos, e apresenta ainda contribuições de um bom número de artesãos locais de Pigalle.Os seus 40 quartos dispensaram a maioria das armadilhas dos hotéis de luxo e concentraram-se no que realmente importa: espaços convidativos, iPads e uma abundate personalidade, em forma de obras de arte, objectos, livros e mobiliário moderno e vintage.E, como não poderia deixar de ser, um hotel como este não se fica apenas pelos quartos: no rés do chão, um café, um restaurante e bar (supervisionado por Camille Fourmont, de Buvette, um bar de vinhos do 11.º), e um quiosque que vende uma cuidadosa seleçcão de livros e jornais.Aos fins de semana o hotel organiza festas com DJ.
