No alto das enevoadas florestas de cedro, os seus baixos edifícios de madeira já serviram alojamentos para o templo budista ali próximo - aliás o actual único vizinho é um monge xintoísta instalado no final de um longo caminho montanha adentro.A uma hora de carro da cidade, tem apenas quatro quartos com vista para um borbulhante riacho de montanha e o cenário de musgo verde. Esqueça as modernas tecnologias: no momento em que o mordomo (English-speaking) recebe os hóspedes na porta de madeira baixa, são imediatamente imersos na hospitalidade e nos costumes japoneses. Os sapatos são eliminados, é oferecido um chá de magnólia e doces, e explicada a etiqueta, tal como o agradável hábito de tomar vários banhos bem quentes na banheira comum em madeira de cipreste e com vista para o plácido cenário lá fora. Depois, e uma vez limpo e enrolado num yukata de algodão (um leve quimono), pode ficar no seu quarto com apenas um tradicional tatami enrolado. Televisão ou wi-fi não existem. Apenas uma estética muito zen.Um requintado kaiseki duas estrelas Michelin espera pelos hóspedes para as refeições. Sublimes aliás. O roçar do quimono do assistente e a tela da porta vão anunciando a chegada de cada jóia gastronómica: delicados bolinhos de rebentos de bambu cozidos em sal, sashimi de carpa, camarões de água doce grelhados...
Japão