Nas margens do rio Sabie, numa área de 65 mil hectares fica uma das mais renomadas reservas privadas de áfrica, Sabi Sand. Esta reserva faz fronteira com o Kruger e, como não há vedações, os animais circulam livremente entre os dois parques - é por isso possível observar ali os Big Five (leão, leopardo, rinoceronte, elefante e búfalo) em poucos dias, ou apenas em poucas horas.Outra das "vantagens" dos safaris em Sabi é o facto de não haver caça no Parque há mais de 50 anos. Assim, os animais não consideram uma ameaça um jipe que se aproxime para os observar. O Parque tem uma série de concessões atribuídas a vários lodges, e é aqui que se encontra Sabi Sabi Private Game Reserve.O nome Sabi Sabi tem origem na palavra tsave - que significa "medo", ou "perigo", no dialecto Tsonga -, e deriva do grande número de crocodilos e hipopótamos existentes no rio Sabie. Mas essa palavra (medo, perigo) é, talvez, uma associação linguística difícil de fazer. Tente, em vez disso, tranquilidade ou serenidade, pois são as sensações que surgem ao conhecermos Sabi Sabi.Em 1979 foi constituída a actual companhia Sabi Sabi pela família Hilton Loon, que iniciou a criação de lodges baseados num conceito único de passado, presente e futuro dos safari lodges sul-africanos. O primeiro a ser construído foi Selati Camp, depois o Bush Lodge; e, após a compra da fazenda "Lisbon", foi erguido o Earth Lodge; mais recentemente, foi adquirido Little Bush. Earth Lodge é, sem dúvida, a jóia da coroa de Sabi Sabi. A sua construção foi pensada para se misturar na natureza. Desde a sua abertura, em 2001, Earth Lodge marcou o seu espaço num novo género de game lodges: desenhado como complemento do espaço que o rodeia, transporta os hóspedes para o espírito de áfrica. A sua construção integra materiais naturais e não foram poupados esforços para que os hóspedes experienciem o máximo em luxo. O objectivo dos arquitectos foi construir um lodge ultra-moderno, com linhas futuristas para o novo milénio. E é mesmo essa a sensação. Quando o Land Rover que nos trouxe parou e o motorista exclamou: "Chegámos!", olhámos à nossa volta. De relance, apenas mato, nenhum sinal do hotel, só árvores e capim. De repente surge alguém, como que saído da terra. Carol, uma simpática sul-africana, dá-nos as boas vindas e pede-nos para que a acompanhemos. O edifício está tão bem inserido na paisagem que é virtualmente invisível. Um misterioso corredor, entre o mato, convida-nos a seguir o caminho que parece correr, serpenteante, até uma enorme porta de madeira aberta de par em par e que nos revela o hotel. Entrámos num outro mundo, um mundo de tranquilidade, um panorama onde a água corre suavemente do tecto e a savana descansa entre o mato e as árvores.Se Tolkien vivesse neste século e visitasse o Earth Lodge, certamente inspirar-se-ia ali para imaginar a sua aldeia dos Hobbits, uma Shire africana do século XXI, onde viveriam Frodo Baggins, Samwise Gamgee e Meriadoc Brandybuck, alguns dos heróis de "O Senhor dos Anéis".Uma espaçosa recepção abre-se, assim, perante os nossos olhos, num espectacular foyer africano, como que esculpido directamente na natureza. à nossa espera estava Desirée Thomas, a marketing e sales manager dos Sabi Sabi, e Stephan Kritzinger, manager
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