Cultura
The Temple Hotel, Beijing, China

Espelhando a enigmática cidade de Beijing, The Temple Hotel é uma mistura inebriante de galeria de arte, restaurante, hotel e curiosidade cultural que não pode ser completamente definida, tal como a própria capital chinesa.O The Temple Hotel não é um hotel no sentido tradicional do termo. Na verdade, não é bem um hotel ainda - está a funcionar em regime de soft opening.Com uma história com mais de 600 anos, o complexo do hotel estende-se ao longo de um quarteirão da cidade, a poucos metros de distância da Cidade Proibida.Ao entrar no seu pátio aberto, os hóspedes são imediatamente saudados por um círculo de homens agachados, em bronze, com pouco mais de meio metro de altura, mas misteriosos e inquietantes... é a personificação do feng shui, a primeira de muitas surpresas que vai encontrar ao experimentar o The Temple.Espaço envolvente destinado a mudar e servir os interesses ecléticos dos seus clientes, The Temple é, de uma só vez, uma galeria de arte, restaurante, bar, museu, espaço de arte e performance, centro de conferências, relíquia arquitectónica e, claro, hotel (mas com apenas 8 quartos).As figuras agachadas são uma instalação de arte do famoso escultor Wang Shugang e, ainda dentro do complexo, encontrará uma galeria que exibe obras de outros artistas contemporâneos. E, para aqueles com gostos mais clássicos, existe também um carpet museum apresentando obras do século XIX, do Rajasthan.Antes de identificar o Temple como uma experiência muito cool para uma escola avante-garde, o bar e restaurante (com móveis discretos e excelente iluminação) enquadram dois lados do primeiro pátio.Todas as noites se pode ouvir um suave trip-hop ou jazz contemporâneo acompanhados por pratos de excelente comida e sobremesas elegantemente preparadas. Chic e casual, refinado e descontraído, o ambiente no restaurante e bar do Temple é aconchegante e acolhedor, talvez até um pouco glamouroso.Ao penetrar mais profundamente no complexo encontrará uma formação de nove monges de resina, vestidos de vermelho-vivo, e que revestem a parede do lado de fora do bar, cada um segurando um tubo fluorescente de luz branca (outra das instalações de Wang Shugang). E, ao virar da esquina, é surpeendido com a jóia da coroa do complexo, a relíquia do templo Zhizhusi.Desde 1400, uma estrutura em madeira saindo do centro do actual complexo funcionou como oficina de impressão, produzindo sutras budistas e textos imperiais para a Dinastia Ming e os seus imperadores. Cerca de 200 anos depois, o Zhizhusi (ou "Templo da Sabedoria", como é conhecido), foi construído para se tornar um refúgio budista e corte cerimonial para os estudiosos e imperadores da dinastia Qing. Eventualmente, com o estabelecimento da República Popular da China, em 1949, o templo desapareceu lentamente com edifícios mais modernos a cercá-lo e envolvê-lo.Quando, em 2007, o banqueiro belga Juan van Wassenhove e os seus parceiros chineses Lin Fan e Li Chow, descobriram o Zhizhusi ele estava em ruínas. Os frescos originais no tecto originais e a madeira deterioraram-se ao longo do tempo, mas a restauração inicial revelou várias pinturas em sânscrito e até slogans políticos e sociais, escritos em estilo graffiti na parede, durante a Revolução Cultural. Tudo isso foi deixado intacto como um testemunho histórico do passado da estrutura.Com modernas amenidades e um toque elegante e contemporâneo, o The Temple será certamente um destino para

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